Desde a sua infância, o homem tem demonstrado curiosidade em relação à visão que tem, por exemplo, das linhas de caminho de ferro. Embora sejam paralelas, parecem juntar-se no local a que denominamos de horizonte. Também, qualquer forma, quanto mais afastada se encontra de nós, menos é o seu tamanho, dentro de uma coerência provocada pela distância.
A perspectiva, como descoberta e definição de regras (codificação) está adaptada para ilustrar a qualidade de qualquer objecto singular no espaço e na relação recíproca entre diversos objectos dispostos a diferentes profundidades e regulada pelas relações que reúnem grandeza e distância, forma e inclinação, luminosidade e profundidade, etc.
As regras perspécticas reproduzem o que se passa na sua retina.
A terceira dimensão ou profundidade é transmitida pelo artista ao público, através de regras geométricas da linguagem das projecções cónicas. O artista, conhecedor destes "truques” de geometria descritiva, torna-se basicamente um "ilusionista", ao simular uma terceira dimensão (profundidade), num espaço que tem apenas duas dimensões, como o papel ou a tela.